Cristina Sant'Ana Costa

Amor, sabes?

O teu silêncio E o teu sorriso                    Amor, Lembra-me música            Sabes? De subtis búzios. No mar, uma vela Canção dos teus passos. Enquanto...

Murmúrios III

Aromas a maresia... Algas e distância... Mistério, é dia, Amanhece a poesia...

Murmúrios II

Gestos de ternura... Gosto de aventura, que se realiza Docemente em fantasia...

Murmúrios I

Afago o sol, oásis macio... O tempo é meu e ninguém À minha espera... Evoco a criança que fui e sorrio...

Desejo

Na atmosfera branca do deserto Prendi o amor, em gestos de entrega. Coroei sem limite o teu ser Na excitante espera de te ter.   Nos meus passos um caminhar delicado É ritual de aventura oferecida... Nos meus sentidos este reviver festivo, Acorda em silêncios feitos de encanto.   Em louca...

A Pintura

Cores da paleta Na mão de um pintor. Paz definitiva Cenário ao sabor... Natureza, alegria, Paisagem, vida, renascer... Nos longes da distância Romper névoas, vencer. A brisa, o poente, Em luz tão sublime, Agarra a verdade E o tempo que corre... Pintura, dom da alma, Alvorada dos sentidos... Matiz...

Silêncio

Silêncio... Nas ruas escuras da cidade, Nas pedras nuas da calçada.   Silêncio... Na solidão da selva, Nas árvores velhinhas.   Silêncio... Na noite fria Onde o vento gemendo Compõe esta canção...   Ao longe, Silêncio profundo.

Murmúrios de Búzio

A canção madrugada Rompe devagarinho... Nos caminhos da vida, O amor é profundo.   Nós dois acordados, A flutuar em sonhos Num êxtase de amores...   Do outro lado do mar Poemas de encantar Num borbulhar de cores...   A praia é de poentes... Onde só ouço Murmúrios de búzio...

Segredos

Nos poemas rubros Todos os meus gritos Da existência De que fui escrava... O que não amo Porque amo.   Em cada átomo A ternura gelada Em cada tentativa O naufragar lento. O que não tenho Porque tenho.   Os dedos trémulos Buscam desejos. Nos lábios a dor Por outro amor. No pranto da...

Para ti, Mãezinha

Se eu soubesse, minha mãe, O segredo que há no teu olhar, Se eu soubesse... Para ti, Havia de cantar, Muito de levezinho, Esta canção Que corre em mim Como um ribeiro, Que fala de flores brancas, De lagos adormecidos E da estrela Que nasce no meu céu aberto, Quando tu sorris.