Como foi, interrogo, como e quando
é que deixei que ao peito meu viesse
tão doido amor que mais e mais parece
raivosa chama que me vai matando?
Não sei dizer... E desde então sangrando
meu pobre coração me desfalece...
Aos poucos, lentamente, numa prece
que a tua indiferença vai ditando...
O momento? Hora? O dia? Sei lá bem...
Sabê-lo como? Perguntá-lo a quem?
Consulto o coração. Nada consigo...
Talvez fora a sonhar, já me lembrei...
E o teu desdém agora que acordei
tornou-se com razão em meu castigo...