Amar

Amar

Vejo em ti indeciões e sonhos

No poço profundo do olhar

Que são os mentores das utopias

Com reflexos de sol e vida a iluminar.

À conta com os limos da memória

Entranhado nas águas do presente

Abarco a grandeza dos teus olhos d'alma

Como um passar de vida, eternamente...

Palavras nem sequer são proferidas

Pelos teus olhos, cisternas com lumes de luar,

Numa aparente teia de fios de memória

Tens a solidão descampada a ofertar.

Ao perder-me nas mãos e no teu corpo

Na clardade da alva, que se vai avizinhando,

Após acordes de emoção te vou amando.

Estio, frio, vento, tempestades,

Gelo, chuva, névoa, sol e lua.

Horizontes etéreos repartimos

Se tu fores meu e eu for tua!