Antinoos de Delphos

Tua face taurina tua testa baixa

Teus cabelos em anel que sacudias como crina

Teu torso inchado de ar como uma vela

Teu queixo redondo tua boca pesada

Tua pesada realeza

Teu meio-dia nocturno

Tua herança dos deuses que no Nilo afogaste

Tua unidade inteira com teu corpo

Num silêncio de sol obstinado

Agora são de pedra no museu de Delphos

Onde montanhas te rodeiam como incenso

Entre o austero Auriga e a arquitrave quebrada