Mimosas... Veludíneas... De luar!
Só meiguice, carinhos e brandura...
Arminho branco, leve, a esvoaçar
Nos gestos afagantes de ternura...
E quando as eguer para afugentar
o transe amargo de qualquer tortura
a Luz e a Graça veem-nas beijar...
Esvai-se a Forma... São Essência pura...
E se buscam serenas, confiantes,
o calor doutras mãos, o meu receio,
é vê-las de repente emmurchecer...
Ó mãos de sonho, esguias, ondulantes,
pousai na minha fronte - é meu anseio -
na hora atribulada em que eu morrer.