Camarada

Camarada

Tu que sofres o abandono

Rejeitado de esperanças perdidas

Olha a Primavera, alegre e florida

Depois de cada vez que é Outono.

 

Chega a tua vez, e a tua voz

É o eco mais profundo que se escuta

Vale a pena, sermos gente, mesmo sós

Se alguém valorizar a nossa luta.

 

Não fiques triste, camarada, o desalento

É na vida o doloroso sentimento

Que machuca e nos tira a razão.

 

Vê as andorinhas e os pardais

Buscando felicidade nos madrigais

E nas gotas do orvalho, elas buscam pão.