Meia tarde, era Agosto e chovia.
Arrasto o interior até à varanda
fundida entre os seios da colina,
de cujo interior um suave aroma
emerge, inebriando o olfacto.
Na sombra da tarde, o vento
faz gemer baixinho as tílias,
elevando até nós o sussurro dos seus ais
e o forte aroma da terra benzina
pela chuva.
Fiquei ali naquele mês de Agosto,
a olhar o espelho semeado pela
água que caía, lavando de forma
indiferente a sombra que morria.
Era mês de Agosto, e até que
enfim chovia.