Jornal, longe

Jornal, longe

Que faremos destes jornais, com telegramas, notícias,

anúncios, fotografias, opiniões...?

Caem as folhas secas sobre os longos relatos de guerra:

e o sol empalidece suas letras infinitas.

 

Que faremos destes jornais, longe do mundo e dos homens?

Este recado de loucura perde o sentido entre a terra e o céu.

 

De dia, lemos na flor que nasce e na abelha que voa:

de noite, nas grandes estrelas, e no aroma do campo serenado.

 

Aqui, toda a vizinhança proclama convicta:

"Os jornais servem para fazer embrulhos."

 

E é uma das raras vezes em que todos estão de acordo.