Mosteiro da Batalha - Epopeia! Grandeza!
Sonho todo brancura, a rescender pureza!
Sonho de etéreo brilho, a refulgir em graça
Pela bênção de Deus e o génio de uma raça!
Sonho de um coração, que um velhinho doente
Fez palpitar de vida em sua fé ardente!
Sonho de oiro, a brilhar, que esse infeliz velhinho
Tornou realidade à força de carinho:
- Porque o seu grande engenho à pedra dura e fria
Deu a divina luz que nele se extinguia!
- Porque o seu sentimento ardente e apaixonado
Na pedra resplendeu, eterno e iluminado!
- Porque o sublime ardor duma crença bendita
Em seu peito brotou, numa força infinita!
E assim tomou alento essa Magnificência,
Viva recordação da nossa independência!
Assim de Aljubarrota o feito glorioso
Ficou escrito na pedra, à luz do sol radioso!
Assim de Portugal o heróico sentimento
Ali ficou gravado, à fé dum juramento!
- Teu nobre coração, mestre Afonso Domingues,
Acendeu um farol que tu já não distingues...
Mas através do sonho e através do porvir
Esse imenso clarão jamais se há-de extinguir,
Mostrando ao universo a suprema nobreza
E o sublime valor da Gente Portuguesa!