Num recanto do mundo, em qualquer parte,
quando apertas nos braços a que adoras,
hás-de ver os meus olhos a acusar-te
desenhados nas sombras pecadoras.
Nessa casa longínqua onde tu moras
com aquela a quem tu quiseste dar-te,
hás-de ouvir minha voz a condenar-te
no solene e fatal bater das horas.
Cada vez que o Senhor abençoar
a serena ventura do teu lar
enviando-te um anjo lá do céu,
hás-de ter-me e sentir-e em teu redor
a gritar-te, chorosa, a minha dor
por a mãe dos teus filhos não ser eu!