Ser poeta
É bênção
É maldição.
Num desassossego
De inquietação
Na carne sofrer
Dos outros a dor
A alma desnudar
Sem falso pudor.
Num só verso
Condensar o Universo.
Em cada madrugada
De corpo despido
Abertas as veias
Deixar jorrar
A dor sublimada.
Para ser feliz
Precisar de nada.