Quadras II

Quadras II

Como está sereno o Céu,

como sobe mansamente

a Lua resplandecente,

e esclarece este jardim!

 

Os ventos adormeceram;

das frescas águas do rio

interrompe o murmúrio

de longe o som de um clarim.

 

Acordam minhas ideias,

que abrangem a Natureza,

e esta nocturna beleza

vem meu estro incendiar.

 

Mas se à lira lanço a mão,

apagadas esperanças

me apontam cruéis lembranças,

e choro em vez de cantar.


Crie o seu site grátis Webnode