No corredor da morte
Condenada
Sem apelo ou remissão
Tudo era Cinzento, informe
Não havia horizonte
Não podia respirar
Os tectos iam descendo
Prontos para me esmagar.
Um anjo de bata branca
Veio dar-me a boa nova
Do indulto, do perdão.
Abriu a porta da esperança
Fez-me mergulhar no sol
No arco-íris da bonança.
Não os vira ao entrar
De olhos abertos sem ver.
Pegou nas minhas mãos
Fez-me rodopiar
E numa dança festiva
Empurrou-me para a vida.